terça-feira, 22 de setembro de 2009

Biografias HorizontaisV - Amor entre iguais


Chegou a pensar que nunca se apaixonaria de verdade, mas descobriu que ninguém escapa do amor. Ele é inexorável como a morte. E também taiçoeiro. Em um dia qualquer, nesses em que as horas teimam em seguir seu curso, ele conheceu o amor. Por certo que esse fato só fora revelado algum tempo depois. Mas foi intenso desde a primeira troca de olhares. Seus olhos se misturaram como leite no café. Andaram desnorteados sem saber a direção e, acabaram se esbarrando (intencionalmente?). Diálogos monossilábicos e telefones trocados. Me pergunto o motivo de complicarmos tanto o que é tão simples. O amor é que temos de mais epírico. Todo mundo ama, mas alguns não se permitem serem amados. Vagam pelo mundo sempre à procura de algo que se perdeu. De algo que perderam. De logo perceberam que tinham gostos extremamente diferentes. Um gostava de poesia, o outro de calculadoras. Um fazia curvas com as palavras, enquanto o outro atropelava tudo em linha reta. Libra e Virgem, Ar e Terra. Isso foi motivo para algumas brigas - e muitas pazes. Descobriram que o fato de serem diferentes os tornava iguais. Pois o que nos torna iguais, é o fato de sermos todos diferentes. Por isso, baby, o amor tanscende a química e a física e a quântica. O amor tanscende o sexo e as idéias e os nexos. Homens e Mulheres nasceram para amar. E todo amor tem um poema que lhe cabe. E toda cama vibra com um amor na madrugada.

Somente quem ama, consegue ver estrelas em um céu nublado. Por isso devemos...
amar sem limites,
amar sem fronteiras,
pois o amor sempre existe,
mesmo onde não há estrelas.

P.S. Não há coisa melhor que sexo com amor. Neste Blog falamos de sexo, mas o amor está sempre no ar. Ele está impregnado em cada palavra. Espero conseguir passar um pouco dele a vocês. Amem-se e permitam-se serem amados.

Beijo pra quem é de beijo.
Abraço pra quem é de abraço.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Você é Pan?


A sexualidade é tema recorrente em universidades, nos iglus da Islândia, nos bares GLBTS de San Francisco, e, claro, nas mesas dos milhares de bares por esse mundo afora. Enfim, todo mundo quer saber se Chico gosta de Francisco ou de Maria, e se Maria gosta de João ou de Joana. Confesso que nunca entendi muito bem o porque disso, pois para mim, todo mundo é PAN! Não me sinto à vontade com generalizações e conceitos pré-concebidos, portanto, vamos colocar os pingos nos "is". Pansexual, trocando em miúdos, é aquele indivíduo que traça tudo, de maçaneta de porta a buraco em pé de bananeira. Não estou aqui defendendo bordões ou levantando bandeiras (não mesmo!), até porque, se tem uma coisa wue me tira do sério é quando o antropólogo Luiz Mott grita aos quatro ventos que " a Bahia é gay". Não, Sr. Luiz, a Bahia não é gay. A Bahia é de todos os santos e de todas as possibilidades. Aliás, o mundo é. O pansexualismo não significa que o indivíduo, necessariamente, se relacione com homens, mulheres, travestis, animais, objetos e plantas. Significa, sim, que o homo sapiens que resolve enfrentar seus preconceitos, descobre que existe um horizonte repleto de possibilidades lá fora. Claro que existem homens que só se relacionam com mulheres ou vice-versa, e continuará a existir. Assim como há mulheres que apenas se relacionam com mulheres, e homens com homens e bananeiras com bananeiras. O negócio é o seguinte: seja lá quem for que preencha o espaço vazio de sua cama de casal, há que ser respeitado. Cada um tem o direito de fazer suas escolhas. É cada qual com seu cada qual, ou, usando uma linguagem mais moderna... " é cada um no seu quadrado".


Beijos Horizontais pra quem é de beijo.
Abraços horizontais pra quem é de abraço.

E então, vamos falar de sexo?