sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Conversas de Bar - respeite o beijo alheio.


Galera, desculpa pelo meu sumiço do blog. Daqui a alguns dias estou indo passar um tempo na Europa e tô numa correria danada... But I´ll be back! Ou melhor, acabo de voltar...

Outro dia estava sentado em um bar com alguns amigos quando, nem sei ao certo como, começou-se a travar uma discussão densa e desgastante que se estenderia por toda a noite. Dentre os que estavam no bar, haviam alguns gays. Sempre tive amigos de todas as cores, generos, religiões e times de futebol. Mas, voltando ao assunto, acho que o bate boca teve seu início quando dois dos rapazes que estavam na mesa se beijaram. Logo após, uma das meninas que estavam na mesa disse que ainda não estava acostumada com "aquilo" e que ela estava se sentindo constrangida com a situação. Desfechou-se uma verdadeira guerra de opiniões, de filosofias de bar, de sermões e, principalmente, de algumas babaquices. E o mais engraçado é que essa tal moça fazia questão de enfatizar: "mas eu não tenho preconceito não viu meninos, só acho que aqui não é ambiente pra essas coisas". Bom, estavamos todos em um bar aberto, um lugar classificado como alternativo ( aqui em Salvador é a nova designação para lugares frequentados pelo público GLS) e em um clima de total descontração. Por todos os lados haviam casais se beijando. Esse preconceito nas entrelinhas me deixa fora do sério. Esse pseudo comportamento liberal, apenas para se enquadrar no politicamente correto. Ninguem é obrigado a aceitar tudo. Mas, aceitando ou não, há de ser respeitado. Respeito só funciona na reciprocidade. Para o homem que beija outro homem, ver um homem beijando uma mulher pode parecer estranho. Mas há que ser respeitado. Assim como todas as recíprocas possíveis. Acho terrível essas segregações. Algumas vezes, quando saio com um casal de amigas que namoram há algum tempo, temos de ir para pontos específicos da cidade - para que elas fiquem à vontade. Imaginem só o absurdo. Se formos para os tais lugares frequentados pelos falsos ilibados, pelos moderninhos de araque, elas têm de se resguardarem à posição de amigas: sem beijo, sem toque, sem carícias. O que nos torna iguais é unicamente o fato de sermos todos diferentes. Se eu quiser respeito, terei de respeitar.

"Vocês riem de mim porque eu sou diferente. Eu rio de vocês porque são todos iguais."

Repassem essa idéia.
A mudança, para ser significativa, deve começar dentro de cada um.

Beijo pra quem é de beijo.
Abraço pra quem é de abraço!