Ménage à Trois

Tudo começou com uma conversa. Nem lembro o assunto, sexo, talvez. Como de costume, a conversa terminou na cama. E, assim como cada tema era tratado de uma forma, o sexo também nunca era o mesmo. Conseguimos a proeza da renovação e inovação constantes. Mas nesse dia senti que havia alguma coisa ainda mais diferente. Estávamos nos beijando, eu, já sem camisa e com as calças no meio das pernas, ela, apenas com uma calcinha vermelha que contrastava com o tom bronzeado de sua pele. ..
Tuas pernas me prendem sutilmente,
Dominando este ser enlouquecido,
Clamando um galope voluptuoso,
Nos caminhos do prazer indefinido...

De repente, ela pediu para eu esperar um minuto que ela tinha uma surpresa. A essa altura eu já estava despido e ardendo em febre de tanto desejo. Poucos segundos depois ela voltou com uma “amiga” que, assim como ela, já estava completamente nua. Nunca tinhamos feito isso antes. De repente, antes que meus olhos se acostumassem àquela cena, elas começaram a se beijar e a se tocarem. Quase que por implso, levantei da cama e começei a interagir com as duas. ..
A cama balança atrozmente,
No vai-vém dos suspiros e gemidos,
Um calor volcaniza o ambiente,
Ardente, completo, reluzido...
Ficava extremamente excitado quando elas se beijavam. Permanecemos nas preliminares por uma eternidade, nem consigo mensurar o tempo. ..

Depois de um gozo inacabável,
Entorpecidos e entregues ao delírio,
Trocamos um olhar irrefutável,
Abraçados, sorrimos apixonados.
Por um minuto paira o silêncio,
Rompido por um sussurro baixinho,
Juras de amor celadas com um beijo,
Eternizadas por um único desejo...
Amar,amar, amar.

Minha proposta é a seguinte: cada pessoa que ler esse conto-poema está intimada a deixar aqui alguma de suas peripécias mais ousadas. Vamos compartilhar nossos segredos, nossos desejos e nossas opiniões. Não precisa se conter nas palavras, afinal todos aqui já estão bem crescidinhos... então está combinado! Estamos esperando ansiosos por suas palavras horizontais...
Vamos falar de sexo?
E quem tiver alguma dúvida, sugestão ou curiosidade sobre o sexo nosso de cada dia, nossa nova colunista Sexcilia já está recebendo as perguntas em seu e-mail: quartodasexcilia@hotmail.com
E em breve teremos sua estréia aqui, aguardem!!
Grande abraço!

Sexcilia entrando com tudo...

Caros leitores, é com imenso prazer que venho anunciar a estréia da nova colunista do Biografias Horizontais. A dona desse lindo sorriso irá nos abrilhantar com suas doces palavras, bem como responderá todas as perguntas e dúvidas dos curiosos e/ou desinformados. A intenção é promover uma maior interação entre os leitores do blog. Agora, mais do que nunca, iremos falar de sexo aos quatro ventos. Afinal de contas nós fazemos, nós gostamos e não temos a menor vergonha ou receio em expor nossas opiniões.
Em breve, nossa colunista " Sexcilia" estará aqui para a alegria dos marmanjos. E das marmanjas...
E obrigado a todos os que têm deixado nesse espaço suas opiniões, seus sentimentos, seu carinho, enfim, tenho lido aqui as mais sinceras palavras horizontais... aquelas que escapam por entre os lábios dos que enfrentam todas as suas batalhas e, mesmo perdendo algumas, jamais desistem de lutar.

E não se esqueçam: no Quarto da Sexcilia, podem entrar sem bater. Sintam-se em casa!

P.S.: Ninguém reparou na minha pinta do lado direito da cintura na foto abaixo... sacanagem viu! (: Ah! Só para constar, a foto é minha, mas o "belle michê" é só uma criação das minhas masturbações mentais, ok!?

Grande abraço a todos!

Belle michê ( Biografias Horizontais II)

Visto de longe, parecia mais um cara desses que só alcançam uma ereção completa quando levantam um peso exorbitante no supino. Mas, visto de perto, tinha-se a certeza. Alto, moreno, corpão sarado, enfim, todos os dotes corporais almejados por uma multidão de mulheres – ou não – afoitas por uma louca noite de sexo ardente e selvagem. Logo que começou a fazer programa, ele estava disposto a atender somente mulheres, ou, no máximo, casais modernos e descontraídos. Era tudo um grande barato. Começou a freqüentar lugares caros, comprou um carro 0 km e fumava um baseado às vezes – mas só de leve. Certo dia, ele recebeu uma proposta tentadora e aceitou sem pestanejar. Um empresário casado de caráter reto e reputação ilibada o havia convidado à satisfazer seus desejos mais ocultos – ou, talvez, nem tanto. Enquanto não chegava a hora do encontro, ele se perguntava o quão infeliz devia ser aquele cara. Se escondia de todos e, principalmente, de si mesmo. Encontraram-se em um bom motel da cidade e, para sua surpresa, foi uma experiência surpreendente. Houve apenas sexo. De um modo inesperadamente intenso, mas nada mais que sexo. A única palavra que fora ouvida em meio a alguns gemidos foi “ belle michê”. Algum tempo depois, o cliente se vestiu de forma automática e compenetrada, tão rápida quanto se havia despido, deixando transparecer a habitualidade da conduta. O rapaz ficou mais um tempo na cama, totalmente sem roupa e despido de muitos pudores. Ele sabia que podia ser muito mais do que um garoto em busca de dinheiro. Ao contrário do que esperava viu que aquele homem no quarto também não era por inteiro. Tampouco teve espasmos de felicidade por finamente, estar supostamente mostrando sua verdadeira face. Percebeu que a máscara do ator pode ser, na verdade, um molde harmônico de sua aparência. E que sua face nua pode ser o reflexo de uma máscara invisível. Acabava de sair daquele quarto de motel um garoto decidido a enfrentar todas as suas batalhas. Deixava seu passado ignoto para mergulhar no profundo abismo do futuro. Mesmo sem as dores do parto, nascera naquele momento o belle michê. Olhos gigantes e lábios famélicos lambuzados de um instigante porvir.

Vamos conversar um pouco? Gostaria de saber sua opinião: você considera a prostituição uma profissão como outra qualquer?

Grande abraço a todos os que estão contribuindo para a construção desse espaço!

Tema da vez: Bissexualidade

As pessoas tendem a seguir ( ou pelo menos tentam seguir) os padrões estabelecidos, seja na estética, na moda, na política ou no comportamento. Na era dos reality shows e das celebridades instantâneas, todos querem ser a bola da vez. Ultimamente venho observando um certo " modismo contemporâneo" com a bissexualidade. Pessoas antes encobertas por inúmeros véus de pudores, agora escancaram suas atitudes e gritam aos quatro ventos suas preferências, seus desejos, suas necessidades. Mas até que ponto isso corresponde à suas verdadeiras convicções?
Bissexual é aquele indivíduo que sente atração afetivo-sexual por pessoas do mesmo sexo e do sexo oposto. Não significa, necessariamente, estar com um homem atras e uma mulher na frente - ou vice versa. Significa, exatamente, estar aberto e predisposto à ambas as possibilidades.
A vida é um ciclo bio-psico-social, ou, traduzindo em miúdos, uma constante e gradativa construção. Muitos estudiosos defendem a idéia de que os bissexuais são, nada mais, do que homossexuais que não tiveram coragem de "sair do armário". Outros, como a sexóloga Adriana Sommer da Costa, afirmam que " se essa pessoa se deixar sofrer muito pelo preconceito, o que, depende do seu modo de ser, ele vai acabar sofrendo duplamente, pois se deixar um ou o outro sexo de lado, ira se sentir um eterno incompleto".
O fato é que a bissexualidade não é uma invenção contemporânea. Os problemas são os mesmos de sempre. A homofobia é subtitída pela bifobia. E, a partir daí surgem inúmeros questionamentos:
Será a bissexualidade o sexo do futuro? É apenas mais uma dentre o imenso rol de possibilidades da sexualidade humana? É uma carapaça para encobertar os homossexuais mascarados?
Enfim, conto com a participação de todos com esse assunto tão relevante, delicado e complexo. E não se esqueçam que esse é um espaço aberto a todos os pontos de vista. Não tenham receio em expor suas idéias. Contemple-nos com sua valorosa opinião.
Vamos falar de sexo?

Acompanhando as tendências, algumas celebridades que se declaram bissexuais:

Vamos falar de sexo?

Todo mudo reunido na mesa de um bar qualquer, cerveja gelada e, qual é mesmo o assunto? Sexo. Duas meninas conversando na escola, entre a aula de matemática e biologia. Qual será o assunto? Sexo! Dois papagaios conversando, adivinha qual o assunto? Acertou! Não há como negar que o sexo faz parte do nosso cotidiano, das nossas relações com o mundo e com nós mesmos. Não há como fugir. Então, já está mais do que na hora de enfrentar os seus questionamentos, não acha? Que tal sentar diante do espelho e tentar desvendar alguns dos seus inúmeros segredos...? Falar de sexo não dói, não assa, não fere e não amassa. Quero te ver completamente despida (o) – de todos os seus pudores. Ver tua alma nua, tua carne. Escancare para mim suas meias verdades. Entregue-se. ...
Vamos falar de sexo?

Biografias Horizontais I

Sou puta! Respondia sem pestanejar quando questionada sobre sua profissão. Isso não era nenhuma vergonha. Ela jamais roubou. Baseados eram raridades que serviam apenas para amenizar aparências hostis. O pior em trabalhar com sexo é que pessoas bonitas, geralmente o conseguem de graça. Não era apenas o dinheiro que a estimulava, mas também o prazer. Um orgasmo múltiplo era sua remuneração mais desejada. Ela não era ninfomaníaca, simplesmente gostava de se sentir preenchida. Para ela, sua profissão era a mais completa de todas. Trabalhava, literalmente, com prazer. Estabelecia sua própria jornada e os honorários não eram ruins. Fazia faculdade de Direito pela manhã e, o que por sinal ela adorava, podia fazer um amplo trabalho social. Afinal de contas, indivíduos sem sexo ficam extremamente depressivos e/ ou agressivos. Ela não oferecia só sexo. Havia um poderoso divã no meio de suas pernas. Ela abria o óbvio e os homens escancaravam o mais oculto de seus sentimentos, desejos e frustrações. O sorriso dos clientes a agradava muito. Era o sinal de um trabalho bem feito e de mais um dever comprido.

Sejam todos bem vindos e espero que gostem do Blog. Esse é um espaço aberto, portanto fiquem a vontade para escancarar seus pontos de vista, suas dúvidas, seus anseios, suas necessidades, enfim, aqui falar de sexo é a regra. Não dói, não machuca, mas liberta e amplia nossos horizontes para o desconhecido. Afinal, sexo é vida!

Grande abraço a todos.